O homem e seu amigo estão em perigo
A leishmaniose ou calazar é transmitida através da picada de um mosquito (Lutzomyia Longipalpis). Geralmente, a doença ataca cães sadios, enquanto que nos humanos tem predileção por pessoas com imunidade baixa (crianças e idosos). Nos cães, o tratamento existe, mas ainda é controverso, pelo fato de animais tratados poderem continuar como reservatórios da doença após “curados”. Por esse motivo, o sacrifício dos animais doentes é indicado por lei.
No bairro Jardim América, casos têm sido diagnosticados e cães sacrificados. No entanto, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Fortaleza se recusou a falar sobre o recolhimento dos animais, mas deixou claro que os cães capturados são aqueles que apresentam sintomas da doença. Como o sacrifício dos caninos é indicado por lei, muitos moradores sofrem ao ver seus bichos de estimação não terem escolha. Para José Aílton da Silveira Medeiros, o sofrimento veio em dobro. O morador do bairro criava três cadelas (Serrana, Puma e Mel). Duas delas foram diagnosticadas com resultado positivo, confirmando a doença de calazar. Aílton perdeu duas de suas grandes parceiras.
“Foi horrível. Ainda hoje não me conformo. Eles (representantes da CCZ) vieram, fizeram os exames, que deram positivo em duas cadelas, e achamos melhor não se omitir quanto à doença. Afinal temos crianças em casa. Hoje só me restou a Serrana, que cuido com todo empenho, mas acho que a falha disso tudo se dá por conta do poder público, que deve montar uma maneira de combater o transmissor inicial, que é o mosquito”, disse Aílton visivelmente emocionado.
Ao lado da casa de Aílton, um senhor de idade sofre por ter adquirido a doença. A situação do idoso é delicada. A família prefere não comentar sobre o assunto e quer preservar a identidade do senhor.
Não espere ver seu cão ser tirado você. Leve-o ao veterinário e faça todos os procedimentos corretos, assim você estará se protegendo e protegendo a quem tanto nos faz companhia.